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Café Capixaba

Atualizado: 6 de ago. de 2020


Em Dezembro, nas férias, fui para Vitória – ES. Além de aproveitar as praias maravilhosas, não pude deixar de visitar os cafés capixabas. Como era época de festas, muitos lugares estavam fechados, mas consegui visitar duas cafeterias muito interessantes.


Uma dessas visitas veio de uma procura pessoal pelo Café Trentino, campeão de torra em 2019. Por indicação da empresa produtora, fui ao centro de Vitória, em uma cafeteria muito charmosa chamada Zayin, onde eu poderia degustar o famoso grão.



Fomos muito bem atendidos pela barista, que, além do Trentino, nos apresentou o Café Supremo, oriundo das montanhas do Caparaó, também no Espírito Santo.


Para ser possível medir diferenças de aroma e sabor, provamos os dois cafés no mesmo método, o Aeropress, que eu particularmente adoro e que é um dos meus métodos preferidos.



Falando do Aeropress, é sempre bom lembrar que é um método jovem e peculiar, criado em 2005 por um engenheiro e feito para uma pequena quantidade de café. O “aero” (para os íntimos) parece uma grande seringa, já que é formado por duas peças cilíndricas que se encaixam, formando um vácuo.


Assim, a extração do Aeropress acontece mesclando três técnicas: primeiramente a infusão, pois o café fica em contato com a água por vários minutos, antes da filtragem; a seguir, a pressão do ar, lembrando a extração do espresso, quando o pistão é abaixado; e, finalmente, a filtragem pelo filtro de papel, como um coado.



Por conta de todos esses processos, o preparo do Aeropress é mais recomendado para quem já tem certa prática, pois exige bastante controle da pressão na filtragem. Todavia, a variedade de receitas é enorme: consegue-se desde xícaras intensas, que lembram o espresso, até uma bebida suave e com acidez acentuada, como os cafés coados.


Tanto o Trentino como o Supremo foram ótimas experiências de degustação, muito saborosos e agradáveis, mas não é à toa que o Trentino tem um título de campeão... Eu trouxe o grão torrado para São Paulo, fiz em outros métodos e ele continua igualmente saboroso!




A segunda cafeteria fica no Shopping Vitória, a Coffee Lovers (ótimo nome). É lugar super bonito e agradável, que proporciona uma boa fuga ao agito normal do shopping.



Lá, escolhi o método clássico coado e dois cafés especiais, Terra Alta e Santa Rita. Para acompanhar, um bolo de fubá para mim e um bolo de laranja para meu namorado.



O coado, como se sabe, é bem conhecido nos lares brasileiros: com o tradicionalíssimo coador de pano, querido por muitos e substituído pelos filtros de papel por outros, fácil de fazer e que remete às reuniões familiares e entre amigos.



O charmoso coador de pano harmonizou muito bem com os bolos e renovou nossas energias para continuarmos o turismo pela cidade. E, falando do “Coador da Vovó”, encontrei algumas dicas curiosas e úteis sobre este método:

1) Antes de começar a usar um coador novo, ele precisa ser curtido em uma mistura de pó de café e água fervida, para eliminar o gosto do pano.

2) Para lavar, use apenas água e guarde em um recipiente na geladeira, para não criar bactérias.


Enfim, os cafés capixabas foram ótimas experiências, que agregaram bastante ao meu conhecimento e à minha paixão pelos cafés e seus sabores únicos. Vale a pena conhecer!


Para saber mais sobre os lugares e cafés citados:



Fotos: Priscila Furuli

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